A bandida

cozinho, crio métodos e escrevo para não enlouquecer

Leio receitas como se fossem crônicas. Analiso ingredientes, aprendo formas de preparo, conheço outros temperos, observo a arte final, fecho o livro e vou para a cozinha trabalhar, tentando equacionar todas as informações que giram na minha cachola com os ingredientes que me cercam. Acho praticamente impossível seguir uma receita à risca; ou ela me serve de inspiração, como na maioria dos meus pratos salgados, ou uso-a como base para uma preparação, como faço com pães e bolos. Tudo o que faço tem a minha marca; é mais forte do que eu.
 
Parei de lutar contra o que sou, e isso é tão bom que me sinto uma idiota por ter ficado com medo por tanto tempo. Se cada um é o que come, não sou advogada nem mantenho um blog para dividir receitas com as pessoas que o acessam; sou uma cozinheira que gosta de escrever e compartilhar o que se passa na cozinha de uma família insana, que acredita que todas as refeições devem ser uma festa, com comida, bebida, música, café e sobremesa.

Decidi investir no que tenho de melhor, que é a minha loucura por cozinhar. Deixo um pouco de lado este lindo projeto  e volto o olhar para a minha cozinha, sem nenhum tratamento de imagem, apenas um local com pequenos defeitos, inúmeras qualidades e uma produção abissal de comida!

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